Preso
há 14 anos, Severino dos Ramos Feliciano Simão, de 33 anos, velou o corpo de
sua própria mãe neste domingo (28) dentro do Pavilhão 5 da Penitenciária
Estadual de Alcaçuz, maior unidade prisional do Rio Grande do Norte. O fato, classificado
como 'inusitado' pela defesa do detento, aconteceu porque a direção do presídio
não disponibilizou agentes penitenciários para a escolta do presidiário ao
cemitério. “Os agentes não tinham como levar ele ao velório. Então a família
levou o corpo até a prisão”, disse Milena Gama, uma das advogadas de Severino.
O
corpo de Maria, de acordo com a advogada, chegou a Alcaçuz acompanhado da
esposa do preso e outros familiares. “Severino se emocionou porque não via a
mãe desde que foi preso, há 14 anos. Ela não queria vê-lo naquela situação”,
relatou Milena Gama. “Ele ganhará progressão de pena (do regime fechado para o
semiaberto) ainda neste ano. Mas, infelizmente, ela morreu antes disso”.
A
decisão da juíza foi favorável ao pedido dos advogados. A magistrada se baseou
no artigo 120 da Lei de Execuções Penais, que permite que os presos possam sair
em caso de doença ou morte de familiares.
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