sexta-feira, 26 de abril de 2013

Mulheres que ajudaram a encontrar Bin Laden vivem sob ameaça no Paquistão



Osama Bin Laden (Foto AP)
No dia 15 de março a agente de saúde paquistanesa Mumtaz Begum, de 35 anos, recebeu um telefonema que mudaria sua vida. Na ligação, seu supervisor a convocou para uma reunião na manhã seguinte. Mas mal sabia ela que o verdadeiro objetivo do encontro não seria definir os detalhes de mais uma campanha de vacinação, na qual ela iria trabalhar imunizando as pessoas, como inicialmente lhe foi informado.

Begum e outras 16 agentes de saúde paquistanesas se tornaram peças-chave na caçada por aquele que, na época, era o fugitivo mais procurado do mundo: Osama Bin Laden. Elas participaram de uma campanha de vacinação falsa, coordenada pelo médico Shakeel Afridi e concebida pela CIA cujo verdadeiro objetivo era tentar coletar sangue e material orgânico contendo o DNA dos integrantes da casa que, segundo suspeitas confirmadas da inteligência americana, servia de esconderijo para o líder da Al-Qaeda.

Bin Laden foi morto em maio de 2011 por um esquadrão de elite americano em uma operação secreta no distrito de Abbottabad, na província de Khyber Pakhtunkhwa (norte do Paquistão). Mas desde então, as 17 agentes de saúde que participaram da campanha de vacinação falsa têm vivido sob ameaças. Todas perderam seus empregos e agora são consideradas "traidoras" em seu país.

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