Pequenos
construtores subcontratados para tocar obras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) em
municípios com menos de 50 mil habitantes revelam que só conseguiam entrar no
programa se pagassem propina à empresa RCA Assessoria. Segundo empresários
ouvidos pelo GLOBO, a empresa montada por ex-funcionários do Ministério das
Cidades cobrava das empreiteiras uma taxa que variava de 10% a 32% do valor do
imóvel construído. Em alguns casos, o pedágio teria inviabilizado o trabalho e
as obras acabaram sendo abandonadas. Apesar das declarações dos empreiteiros, a
RCA nega cobrar qualquer taxa das construtoras.
Uma das
empresas repassou mais de R$ 500 mil para a RCA. O dinheiro era depositado na
conta da construtora Souza e Lima, criada pelo gerente-geral da RCA, Valmir
Lima, e por Valdemar de Souza Júnior, engenheiro da RCA. Os construtores dizem
que quem fechava a negociação era o sócio da RCA Daniel Vital Nolasco, ex-diretor
de Produção Habitacional do Ministério das Cidades, filiado ao PCdoB.
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