sexta-feira, 26 de abril de 2013

Quarto dia termina após o fim do depoimento mais longo do júri de Bola



25/04/2013 - Vereador Edson Moreira, testemunha que continua a ser ouvida nesta quinta-feira, dentro do salão do júri. (Foto: Maurício Vieira/G1) 

Após dois dias de depoimento do ex-delegado e vereador Edson Moreira, a juíza Marixa Fabiane encerrou, na noite desta quinta-feira (25), os trabalhos no quarto dia de julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, - acusado de matar e ocultar o cadáver de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Nos dois dias, Moreira falou por mais de 15 horas no plenário do Fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Foram cerca de cinco horas na quarta-feira (24) e 10 horas nesta quinta-feira (25).


O depoimento do ex-delegado, que chefiou as investigações na época do crime, foi marcado por bate-bocas no plenário e exposições de informações sobre o caso. O destaque na quarta-feira ficou por conta da declaração de que, para Moreira, Bola não jogou a mão de Eliza Samudio aos cachorros. Segundo o ex-delegado, em depoimento, Jorge Luiz Lisboa - primo de Bruno - disse que Bola falou "olha a mão dela aí" indo em direção ao canil e teria jogado a parte do corpo de Eliza para os animais. "Aquilo lá foi uma dissimulação do autor", disse Moreira. Para ele, Bola não queria que os presentes na cena do crime soubessem o que seria realmente feito com o corpo, e deu a entender que jogaria para os cachorros.


Na tarde desta quinta-feira, a Juíza Marixa Fabiane cassou o direito de um dos advogados de Marcos Aparecido dos Santos, Ércio Quaresma, fazer perguntas ao ex-delegado Edson Moreira. O pedido foi feito pelo Ministério Público. A magistrada permitiu, porém, que os demais defensores do réu fizessem perguntas a Moreira – testemunha de defesa.

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