
Paulo
Bernardo disse que a digitalização do rádio, assim como vem acontecendo com a
TV, ainda não tem um modelo que definitivamente sirva ao Brasil. “O que nós
vamos fazer ainda este ano é autorizar as rádios AM se transformarem em rádios
FM. Uma das pressões que temos para fazer o rádio digital é que a qualidade do
rádio AM está caindo, principalmente nos grandes centros urbanos. Isso
prejudica muito a audiência. A juventude, por exemplo, nem ouve mais rádio AM”,
declarou.
Bernardo informou
que já foram feitos estudos que apontam viabilidade para a migração. “Com a
digitalização da TV, nós temos os canais 5 e 6 liberados, onde cabem muitas
rádios. Nós estamos fazendo uma solução que é importante, que é autorizar rádio
AM para a faixa de FM. Isso vai ser assinado em novembro, que tem o Dia do
Radialista comemorado em 7 de novembro.”“Hoje a faixa de frequência do FM atual vai de 88 MHz a 108 MHz. Os canais 5 e 6 vão de 76 MHz a 88 MHz. É o que agente chama de faixa contígua ao FM. O decreto conterá que nos municípios onde tem outorga e todas as AM cabem no espectro atual de FM elas migram automaticamente e devolvem sua frequência AM para o governo. E nas emissoras que vão para os canais 5 e 6, elas começam a operar e terão um prazo de transmissão simultâneo até cinco anos”, explicou.
O presidente da Abert disse ainda que, para garantir que os novos rádios possam captar essa faixa extra de FM, o governo deverá editar uma portaria obrigando todos os receptores produzidos no Brasil já virem com atualização do software para a faixa estendida.
Fonte: Agência Brasil
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