Depois de dez dias de funeral, o corpo do ex-presidente
sul-africano Nelson Mandela, ícone da luta pelos direitos humanos, contra o
racismo e as desigualdades, foi enterrado ontem (15), por volta das 12h40 (8h40
no horário de Brasília), em Qunu, onde ele passou a infância e também estão os
restos mortais de três de seus filhos. Apenas 450 pessoas participaram da
última parte do funeral. O túmulo onde o caixão foi colocado estava rodeado de
flores brancas.
A partir de então, não foram mais permitidas a captação e a
transmissão de qualquer imagem. A imprensa não teve acesso ao local – uma
área rural, onde a família de Mandela tem uma fazenda e onde se cultivam
tradições seculares. De acordo com os organizadores, membros da tribo à qual
Mandela pertencia realizariam um ritual de sacrifício animal, parte do processo
de comunicação com os ancestrais, para que o espírito da pessoa descanse.
Hoje comemora-se o Dia da Reconciliação na
África do Sul. Maior símbolo dessa reconciliação, com a luta bem-sucedida pelo
fim da segregação racial em seu país, Mandela terá uma estátua de nove metros
de altura, que será inaugurada. Com os braços abertos, a imagem receberá, a
partir desta segunda-feira, os visitantes que forem ao Union Buildings, sede do
governo do país.
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