Por:
Alan Bandeira Pinheiro
O Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) é utilizado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), desde 1993.Tal Índice varia de zero (0) a um (1).Com
ele, podemos determinar se um país é desenvolvido, subdesenvolvido ou
emergente.São avaliados os aspectos de escolaridade, de expectativa de vida e
renda per capita dos países.Não obstante, dentro de um mesmo país podem variar
significativamente os índices.Constatando, assim, que há regiões onde a
qualidade de vida é superior as outras.
Nessa diretriz,
neste ano de 2013, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um
levantamento referente ao IDH brasileiro.Os dados revelam um grande avanço na
expectativa de vida da população,sobretudo da Região Nordeste.De acordo com o
resultado da pesquisa, em 20 anos, 85% dos municípios saíram do patamar de
muito baixo desenvolvimento humano.Diante desse quadro, diagnostica-se que
houve melhorias nas condições sociais de nossa sociedade, todavia estamos longe
de alcançar os números da Noruega.Este país ,por sua vez, teve 0,955 de IDH, no
ano de 2012.
Dessa forma, é
evidente que políticas públicas que objetive o bem comum, em detrimento do
particular, é relevante para que o Norte e o Nordeste possam galgar números
mais expressivos e positivos, no tocante a educação, a saúde e a renda per
capita.Sem dúvida, após essa análise dos IDHs dos municípios fica mais fácil de
desenvolver projetos voltados a melhorar os déficits e a preservar os
superávits.Assim, nossos representantes tem o dever de tomar as providências
cabíveis.
Ainda consoante
a pesquisa, vale ressaltar que o IDH geral do Brasil é alto, 0,727.Portanto,
pode-se inferir que “no Brasil existem vários Brasis”.Brasis esses, que podem variar
drasticamente seus IDHs.Por exemplo, Santos (SP) tem IDH: 0,840.Numeração alta,
chegando até fazer analogias com países da Europa Ocidental.Por outro lado, não
é raro encontrar IDHs baixíssimos, como os do continente Africano.Para
exemplificar, temos Carnaúbas do Piauí (PI) com IDH 0,505.
Uma questão que
decerto deve ser combatida é as disparidades sociais das regiões.Assim, embora
tais disparidades tenham sido reduzidas ,nos últimos anos, com o aumento do IDH
do Norte e Nordeste ,o quadro ainda é inadmissível.Dado isso, Dilma Rousseff
disse: “Os avanços nos municípios das regiões Norte e
Nordeste foram mais intensos que nas outras regiões. Isso é muito importante
para o país”.
Acerca dos
números do PNUD e sobre a
mobilidade urbana nas grandes cidades brasileiras, a presidente opinou: “Acho
que nós temos de incorporar um desafio ao nosso IDHM, que é a mobilidade
urbana. Esse momento é um momento especial. Assim como somos capazes de
melhorar tudo isso ao longo desse processo, tenho certeza de que com trabalho
árduo, determinação de investir nas pessoas, nós também somos capazes de
garantir a devolução do tempo para as pessoas”.
Se
quisermos conquistar um IDH melhor, faz-se necessário o investimento exacerbado
na educação.Já que nesse quesito, o país tem sérias dificuldades.
"Dinheiro para educação é importante, mas não adianta dobrar os
investimentos e não melhorar a gestão dos recursos”, concluiu o economista
Affonso Celso Pastore.Quiçá, o problema da educação não seja culpa somente do
Estado, também é relevante o incentivo e a conscientização dos pais.
No
entanto, uma pesquisa realizada pelo governo federal vai de encontro aos
números.Foi verificado que alunos do ensino público de Sobral, cidade
interiorana do Ceará, custam ,em despesa escolar, a metade dos alunos da rede
municipal de São Paulo.Porém, estes sabem menos matemática e português ,no
5º ano do ensino fundamental, que aqueles.Portanto, nesse contexto, é evidente
que ,em alguns casos, o total de gastos não influencia na aprendizagem.
É sabido que
os auxílios do governo federal contribuíram para o progresso de algumas cidades.Aliás,
não apenas das cidades, mas também da população que nelas reside.Para Érico
Desterro, o baixo desempenho de alguns municípios ,no levantamento da ONU, é
reflexo do mau uso do dinheiro público pelos gestores.Assim, é importante que
tenha uma maior fiscalização dos recursos financeiros ,a fim de combater as
práticas ilícitas, que ,infelizmente, são comuns no Brasil.
Concluímos que
inúmeros exemplos podem ser seguidos. São eles, o da Noruega, da Suécia, da
Alemanha, da Irlanda, da Nova Zelândia, dentre outros, no que tange o
IDH.Portanto, as ações devem ser realizadas já, e não esperar para outrora,
como é típico dos brasileiros.O “jeitinho” brasileiro aqui não cabe.Ou a
mudança ocorre, ou o país ficará paralisado no tempo, observando o crescimento
dos outros países.Como dizia Thomas Hobbes: “o homem é o lobo do próprio
homem”.Aqui no caso: “Um país é o lobo de outros países”.
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