Um
fim do mundo que não seja apocalíptico. Em “Crônica do Fim do Mundo”, longa
colombiano em cartaz em São Paulo desde sexta-feira, a iminência do término da
vida não provoca desespero e correria; no lugar disso, há melancolia e medo. “É uma
perspectiva da América Latina. Enfrentamos problemas todos os dias. O fim do
mundo é todo fim de mês, quando temos que pagar as contas”, diz
Maurício Cuervo, diretor de “Crônica”.
A produção do longa, considerado o melhor filme
colombiano do festival de Cinema de Bogotá em 2012, custou cerca de US$ 8 mil
(R$ 19 mil), sem apoio público ou privado. Como a extinção da vida na terra de
“Melancholia” (2011), de Lars von Trier, o fim de “Crônicas” é marcado por
ausências. “O filme é, sim, melancólico”, diz Cuervo. “Havia um pouco de intenção
de que fosse assim, mas não foi de todo consciente. Isso foi surgindo.”
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