segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Filme colombiano retrata fim do mundo melancólico e não-apocalíptico

Felipe (Jimmy Vásquez) e o pai, Pablo (Victor Hugo Morant), em cena do filme 'Crônicas do Fim do Mundo', de Mauricio Cuervo
Um fim do mundo que não seja apocalíptico. Em “Crônica do Fim do Mundo”, longa colombiano em cartaz em São Paulo desde sexta-feira, a iminência do término da vida não provoca desespero e correria; no lugar disso, há melancolia e medo. “É uma perspectiva da América Latina. Enfrentamos problemas todos os dias. O fim do mundo é todo fim de mês, quando temos que pagar as contas”, diz Maurício Cuervo, diretor de “Crônica”.

A produção do longa, considerado o melhor filme colombiano do festival de Cinema de Bogotá em 2012, custou cerca de US$ 8 mil (R$ 19 mil), sem apoio público ou privado. Como a extinção da vida na terra de “Melancholia” (2011), de Lars von Trier, o fim de “Crônicas” é marcado por ausências. “O filme é, sim, melancólico”, diz Cuervo. “Havia um pouco de intenção de que fosse assim, mas não foi de todo consciente. Isso foi surgindo.”

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