quinta-feira, 3 de abril de 2014

Natal: Nascem prematuras trigêmeas filhas de anã de 1,20m

Maria Dulcineia na UTI onde visitou as filhas Maria Eduarda e Maria Helena (Foto: Fernanda Zauli/G1)A três crianças nasceram no fim da tarde desta quarta-feira (2) na Maternidade Escola Januário Cicco. Segundo a direção do hospital os bebês nasceram com 29 semanas e cinco dias. Por serem prematuros, os três estão aos cuidados da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "Foi uma cesárea. As três crianças nasceram bem, mas estão na UTI em função da prematuridade. A mãe está no quarto e passa bem", explicou o diretor da maternidade.

Maria Eduarda, Maria Helena e Maria Heloísa. Esses foram os nomes escolhidos por Maria Dulcinéia da Silva - anã de 1,20 metro de altura. Na manhã desta quinta-feira (3), Maria Dulcinéia viu pela primeira vez Maria Eduarda e Maria Helena. Ela não conteve as lágrimas. "Eu estou muito feliz. Vi minhas filhas, peguei nos pezinhos delas, vi que elas estão bem. Agora eu quero fazer por elas o que minha mãe não fez por mim. Ela me deu pra outra família cuidar, mas eu vou cuidar das minhas meninas", disse, emocionada.

A médica Patrícia Fonseca Bezerra, que realizou  o parto, explicou que Dulcinéia estava com desconforto respiratório e os bebês deixaram de adquirir peso, por isso o parto foi feito na tarde de quarta-feira. "Por causa do volume do útero houve diminuição da capacidade de expansão pulmonar materna, que significa que a mãe estava com dificuldades para respirar. Além disso, os bebês deixaram de adquirir peso e foi necessária a intervenção", disse.

Depois que a história de Dulcinéia virou notícia as doações não pararam de chegar. Ela mora sozinha no bairro Planalto, Zona Oeste de Natal, e não tem contato com os pais biológicos nem com o casal que a adotou. A gravidez não foi planejada e o pai das crianças a abandonou quando soube da gravidez. "Graças a Deus eu ganhei muita coisa. Se não fossem essas doações ia ser muito difícil porque eu não ia ter como comprar coisa para as três. Pra um a gente sempre dá um jeito, mas pra três é mais complicado", disse.

De acordo com a obstetra Patrícia Fonseca, os bebês devem permanecer internados por pelo menos mais dez semanas. Neste período, Dulcinéia também permanece no hospital para acompanhar o crescimentos das filhas. "Vamos ficar aqui com acompanhamento médico até elas estarem bem. Depois seremos só nós quatro. Eu estou muito feliz", disse.


Fonte: G1/RN

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