
Sob intervenção, o Ministério Público Estadual, representado no ato pelo
promotor Silvio Brito conseguiu fazer um cronograma para pagar os servidores
municipais, contas de energia e comprar medicamentos para o hospital do
município. Só que o último prefeito interino, o vereador Reginaldo
Luciano, não aceitou fazer o processo de transição, restando para o novo
prefeito corrigir, segundo documentos, o descaso administrativo deixado pelo
ex-prefeito.
Haroldo decretou estado de emergência administrativa por 60 dias,
suspendeu todos os contratos e empenhos e determinou a realização de um censo
funcional no quadro de servidores do município. Não havia nenhum documento que
norteasse a funcionalidade das secretarias e os programas de computadores nos
poucos computadores que restaram na sede da Prefeitura foram deletados. “Já
registramos queixa na Polícia”, disse o prefeito.
Neste mesmo ambiente, existem centenas de livros didáticos jogados num
canto, que deveriam ter sido entregues aos estudantes do município nos últimos
oito anos. “A nossa principal preocupação aqui é garantir a funcionalidade do
básico nos serviços de saúde e principalmente fazer um esforço para começar o
ano letivo”, explica o prefeito Haroldo Ferreira conversando com o assessor
jurídico Júlio César.
“Vamos ter que começar do zero”,diz novo prefeito de Felipe
Guerra,Haroldo Ferreira.
Com orientação da Assessoria Jurídica, o prefeito Haroldo Ferreira disse
que o primeiro passo para uma nova gestão será aprovar um projeto de lei na
Câmara Municipal para uma reforma administrativa. “Em seguida vamos fazer um
censo no corpo funcional da Prefeitura. Precisamos saber quem trabalha aqui
para fazer uma folha de pagamento, já que a que a que existia deletaram”,
explica.
Por orientação do assessor jurídico, o gestor também vai abrir
sindicância interna na Prefeitura para responsabilizar e até reaver os recursos
pagos indevidamente as pessoas que não trabalhavam. O Ministério Público
Estadual já apura os outros casos ainda mais graves, onde constavam nomes de
pessoas na folha de pagamento mensal da Prefeitura, mas que esta pessoa não
recebia estes valores, como é o caso da ex-prefeita de Rodolfo Fernandes.
Sobre as contas bancárias e os cheques sem fundos e cancelados, Haroldo
Ferreira e o secretário de Administração Antônio Heronildes e o assessor
jurídico Júlio César disseram que aguardam o relatório da Caixa Econômica, BNB
e Bradesco para se ter uma noção do que foi feito pelo ex-prefeito e como será
corrigido. “Já temos informações de que ele emitia cheques que somados chegavam
a um valor de R$ 500 mil e depois cancelavam todos”, disse.
Transporte – A lista veículos da Prefeitura foi entregue num pedaço de
papel. São três ônibus escolares doados pelo Governo Federal, dois tratores e
duas ambulâncias sem funcionar. “Não tem nem bicicleta para o prefeito ir
assinar documentos em Apodi, Mossoró ou Natal”, reclama o prefeito Haroldo
Ferreira. Ele disse que parte do patrimônio do município foi doado pelo
ex-prefeito a pessoas e instituições da região com aval da Câmara Municipal.
Em vídeo o prefeito de Felipe Guerra,Haroldo Ferreira fala de como
encontrou o estado caótico da prefeitura municipal de Felipe Guerra.Veja o
vídeo Clique Aqui
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