Dor,
angústia, abandono, solidão e descaso são algumas das palavras que posso usar
para descrever as 60 horas que passei no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Um
acidente de moto me levou a conhecer intimamente o caos que a gente somente
chega a imaginar ao ler ou mesmo escrever reportagens. Pois bem, se cumprir
pauta no Walfredo não é suficiente para um repórter conhecer toda angústia e
humilhação impostas a quem precisa do sistema público de saúde. Sofri “na pele”
o descaso de profissionais que deveriam salvar vidas, mas que, ao invés disso,
tratam pessoas como estatísticas. De repórter a paciente, me vi entre tantos e,
lá, eu era só mais um que precisava de assistência médica devida e não tinha.
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