segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Ex-secretário de energia lamenta o RN “ter ficado para trás”

Não adianta negar: é lastimável que o Rio Grande do Norte, pela primeira vez desde que se apresentou nos leilões federais para compra de energia com seu potencial eólico insuperável, tenha tido NENHUM parque vencedor apesar de ter habilitado mais de 70 projetos. O preço médio ao final do leilão ficou em R$ 124,43/MWh – um deságio de 1,25% em relação ao preço inicial. Os estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul foram os contemplados com projetos vencedores. A previsão é que sejam investidos cerca de R$ 3,3 bilhões na construção dos parques eólicos ali situados. O Rio Grande do Sul adicionou 326,6MW de potência. Piauí ficou com 240MW; Pernambuco 120MW, Ceará 98MW e a Bahia com 83MW.
O que aconteceu para o RN ter uma performance tão pobre e distante da liderança isolada que conquistou em 2009, 2010 e 2011?

O principal argumento conhecido é o de que o setor eólico tem apresentado problemas no escoamento das usinas por causa do atraso na transmissão. Por isso, neste leilão e para os próximos, o governo transferiu o risco da transmissão para o gerador obrigando-o, na habilitação, a indicar suas condições de conexão antecipadamente. Como os parques precisam entregar energia em janeiro de 2016 (portanto, com dois anos para serem construídos) o setor precificou esse risco, o que resultou em ofertas taritárias mais altas que antes. Nada grave, apenas um ajuste do crescimento setorial já bem absorvido pela indústria.

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