Não adianta negar:
é lastimável que o Rio Grande do Norte, pela primeira vez desde que se
apresentou nos leilões federais para compra de energia com seu potencial eólico
insuperável, tenha tido NENHUM parque vencedor apesar de ter habilitado mais de
70 projetos. O preço médio ao final do leilão ficou em R$ 124,43/MWh – um
deságio de 1,25% em relação ao preço inicial. Os estados da Bahia, Ceará,
Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul foram os contemplados com projetos
vencedores. A previsão é que sejam investidos cerca de R$ 3,3 bilhões na
construção dos parques eólicos ali situados. O Rio Grande do Sul adicionou
326,6MW de potência. Piauí ficou com 240MW; Pernambuco 120MW, Ceará 98MW e a
Bahia com 83MW.
O que aconteceu
para o RN ter uma performance tão pobre e distante da liderança isolada que
conquistou em 2009, 2010 e 2011?
O
principal argumento conhecido é o de que o setor eólico tem apresentado
problemas no escoamento das usinas por causa do atraso na transmissão. Por
isso, neste leilão e para os próximos, o governo transferiu o risco da
transmissão para o gerador obrigando-o, na habilitação, a indicar suas
condições de conexão antecipadamente. Como os parques precisam entregar energia
em janeiro de 2016 (portanto, com dois anos para serem construídos) o setor
precificou esse risco, o que resultou em ofertas taritárias mais altas que
antes. Nada grave, apenas um ajuste do crescimento setorial já bem absorvido
pela indústria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário