O SINPOL
emite nota a respeito do anúncio feito pelo Governo de que realizará dentro de
10 ou 15 dias operações policiais específicas para a prevenção de homicídios e
outros crimes. Veja:
O SINPOL,
que vem lutando, exaustivamente, há mais de uma década para que o Governo
aumente o efetivo da polícia civil, recebe com descrédito o anúncio da
Secretaria de Segurança Pública neste início de semana. O fato é que sempre que
ocorre um final de semana violento no estado, e isso está se tornando
corriqueiro, a SESED diz que fará novas operações e reforço de policiamento na
região metropolitana, sem que a sociedade veja eficácia alguma nessas atitudes.
O povo
potiguar vive num estado de guerra civil, sendo hoje o terceiro colocado dentre
os estados brasileiros em número de homicídios. Esta triste estatística vem
“coroar” a gestão do Governo Rosalba Ciarlini como a pior de toda a história do
Rio Grande do Norte, no que tange à segurança pública.
Diante
disso, faz-se necessário que a SESED responda alguns questionamentos:
Helicóptero?
O
primeiro é com relação ao uso do helicóptero Potiguar 01. Que resultado prático
trará o helicóptero, no combate aos homicídios, sabendo-se que esse tipo de
crime não tem local específico, nem tampouco, hora marcada? Se o Governo
reduziu a cota de combustível para a frota das Polícias Civis e Militar,
alegando contenção de despesas, como explicar, então, a utilização da aeronave
que tem um custo operacional muito mais elevado?
Mais
operações?
O anúncio
da SESED parece ser mais uma ação pirotécnica e de enganação. Uma medida
paliativa, que, sozinha, traz apenas uma temporária e falsa sensação
de segurança para a população. Com a chegada de R$ 5 milhões do projeto Brasil
Mais Seguro para investimentos na segurança pública do Estado, a SESED anuncia
três operações que estariam prontas para serem desencadeadas: “Avante”, “Divisa
Segura” e “Sertão Seguro”, que aconteceriam tanto no interior quanto na
capital.
E os
equipamentos?
No
entanto, o sindicato questiona como esses recursos serão aplicados, haja vista
a situação dos policiais civis, que trabalham sem as mínimas condições de
segurança. São três anos de governo Rosalba Ciarlini de promessas de aquisição
de equipamentos básicos que nunca se concretizaram – na última reunião do
SINPOL com a cúpula governamental os gestores sequer sabiam quantitativos
necessários, bem como os valores para aquisição dos materiais de uso dos
policiais, deixando claro que nenhum processo licitatório foi iniciado para a
compra dos mesmos.
As
operações a serem desencadeadas pela SESED precisam oferecer a todos os
policiais envolvidos as condições necessárias para o combate à
criminalidade: coletes não vencidos e em tamanho adequado, armamento
compatível, munição em quantidade suficiente, viaturas em condição de uso
e com tanque combustível cheio, caso contrário, e sem a adoção das
proteções mínimas, os policiais fatalmente não participarão de tais ações.
E as DO´s
atrasadas?
O Governo
informa, ainda, que duplicará o efetivo das Polícias Civis e Militar, por meio da oferta de diárias
operacionais. É uma situação obscura o pagamento de DO’s, quando os agentes e
escrivães, ainda aguardam pagamento de diárias de várias ações passadas.
Enquanto isso, enfatiza o SINPOL, o Estado se nega a entrar em acordo com relação
à última greve (que durou dois meses, sendo encerrada no início de outubro)
para reposição de dias parados através de Banco de Horas, o que
facilitaria, visto que não geraria custo algum ao erário.
Apelo
O SINPOL
defende a aplicação de uma nova política de investimentos na segurança
pública, oferecendo aos seus operadores uma maior valorização, com as
ferramentas de trabalho e infra-estrutura adequadas ao serviço, com
delegacias abertas 24 horas para atendimento ao cidadão, e efetivo em
quantidade suficiente para o desenvolvimento das atividades investigativas. É
inadmissível que o Governo continue sem investir, sobretudo na Polícia Civil,
que faz a parte investigativa, e que clama pela convocação de todos os
aprovados no concurso de 2010.
INFORMAÇÕES:
Djair Oliveira (presidente)
Renata Pimenta (vice-presidente)
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