Uma força-tarefa formada por seis
membros do Ministério Público do Trabalho (MPT), sendo duas procuradoras que
atuam no Rio Grande do Norte (RN), constatou irregularidades trabalhistas em
estabelecimentos do setor canavieiro, nas proximidades de Tibau do Sul e
Goianinha.
As fiscalizações ocorreram em parceria com o Grupo Móvel de Fiscalização
Especial do Ministério do Trabalho e Emprego, além do apoio operacional da
Polícia Federal. Como resultado, os auditores fiscais do
Trabalho aplicaram 120 autos de infração e o MPT/RN instaurou três inquéritos
civis contra as empresas Biosev S.A., Vale Verde Empreendimentos Agrícolas
Ltda. e Agropecuária Estreito Ltda.
Segundo o relatório da força-tarefa, foi
possível identificar o descumprimento de normas de saúde e segurança do
trabalho, com riscos de acidentes. Como consequência dos riscos existentes, em
um dos estabelecimentos foi apurado que um trabalhador de 20 anos teve o dedo
amputado em virtude de acidente de trabalho, quando desatrelava uma carreta do
caminhão que leva cana para a usina. O acidente aconteceu à noite, em local sem
iluminação, conforme pôde comprovar a equipe de fiscalização. Também foi
apurado que o empregador não oferece lanterna para realizar a atividade, tendo
o próprio trabalhador que trazê-la, e que, no dia do acidente, o trabalhador
não portava o equipamento, tendo sido obrigado a trabalhar mesmo no escuro.
A força-tarefa compreendeu desde a
verificação do cumprimento de acordos judiciais e termos de ajustamento de
conduta anteriormente firmados até a identificação de novas irregularidades
trabalhistas. Já foram realizadas audiências com as empresas investigadas, nas
quais o MPT/RN propôs a assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs)
para sanar as irregularidades. Uma nova audiência foi marcada para dia 19 de
dezembro, para que as empresas se pronunciem se aceitam assinar o TAC.
Fonte: O Mossoroense
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